quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um Livro, um Amor e um Amigo.

”Um livro aberto é um cérebro que fala; Fechado, um amigo que espera.”  - Voltaire.


   Existem livros e livros. Sabe aquela história de que, existem pessoas e existe A pessoa? Então! Vamos nos basear nesse raciocínio. 
   Acabo de ler livro que, não tem lá uma história tão encantadora ou extraordináriamente inovadora, não uma que eu não tenha lido ou fantasiado. Porém, mesmo não tendo um conteúdo mirabolante ou um final épico de contos de fadas, ele foi espetacularmente bom! Porque apesar de sua metódica história, ele não parou por ai, sabe? Creio que para cada um os livros tomam um sentido, e para mim esse teve um sentido melhor do que o esperado. Por exemplo, tem livros que nos fazem simplesmente rir, chorar, gargalhar, nos espantarem e depois, quando a historia termina, as emoções ficam contidas ao fechar as páginas.
   Dessa vez foi diferente, e por isso essa importância toda! Nossa! que besteira, falar sobre o sentido emocional de um livro! -alguns devem estar imaginando...-. Mas, quando você para e reflete sobre o que realmente aquela história quer te contar, você passa a acreditar que aquelas sorrateiras folhas não eram apenas só mais um livro de romance juvenil. Não sei o porquê exatamente houve essa conexão direta; às vezes porque me identifiquei assustadoramente com os personagens e, a cada suspiro e lágrima derramada por eles, saia com a mesma ou maior intensidade em mim. Que idiotice! -devem estar pensando!- como isso é possível? É só um livro, uma história irreal.
     Apesar de tudo terminar quase bem no final, o enredo contém momentos de devaneios, hesitação, tristeza e uma calma tranqüilizadora; o que me faz acreditar que ele se aproxima de nossas realidades, pelo menos uma parte da minha. E fica cada vez mais perto. A imaginação é tão poderosa que nos faz vasculhar caminhos desconhecidos, caminhos escuros e labirintos que ás vezes não passaríamos nem perto numa outra oportunidade. Sabe aquelas coisas que você tenta não encarar de peito aberto? Você vai chutando latinhas, contornando as situações pelas beiradas, mais quando as coisas estão ali prestes a acontecer, é que você se da conta de como um livro pode não ser tão irreal assim.
   E eu fico imaginando, será que são só histórias ou há realmente um relato por trás dessas palavras? Não, são apenas histórias! Contudo, que me fazem pensar sobre minha vida. Sobre, por exemplo, o quanto eu seria capaz de deixar a minha própria felicidade de lado por uma pessoa que eu amasse. Seria capaz? E continuo a me questionar. E a resposta, que um dia terei, ou não, me assusta de uma forma desequilibradora. Será só mais um sonho meu, que ainda continuo vivendo nos outros? Ou será a minha própria história, aquela que eu tento esconder e evitar de mim mesma, sendo contada por outra pessoa; com as mesmas dores, dúvidas, inseguranças e medos? Queria eu poder viver uma história livros de romances. Queria eu!
  Sonhos impossíveis, ou quase, impressos em pedaços de papéis, que vão marcando a cada pagina uma nova experiência, contada por alguém que não existe, ou que às vezes você ainda não o encontrou. Não é tão trágico como perder 'uma melhor amiga pra um tumor no cérebro', mas é tão triste como se separar de amigos que estão com você desde quando começou a entender o que é amizade. Mas igualmente ao primeiro caso, de uma forma ou de outra, essas pessoas que aos poucos deixam de estar presentes, fisicamente, vão estar com você pra sempre!
   Eu não quero encarar o mundo “sozinha”, não quero! não sei se aguento. Eu to com tanto medo que nem espaço para mais possibilidades negativas cabem em mim. Definitivamente, preciso de uma mão amiga, um colo e um livro, para afogar minhas mágoas e encontrar neles talvez, um reflexo do que se passa comigo; e assim tentar então encontrar forças e experiências pra seguir adiante.

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