sábado, 12 de fevereiro de 2011

Textos Velhos II

   Que angustia que me aperta o peito, uma vontade insana de correr daqui. Não sei se as dores são naturais do problema que me acerca ou da solidão repentina que me invadiu quando cheguei.
   Dentro de mim há sentimentos que precisam ser libertados, promessas, desejos. Como eu queria estar presente! Em carne e osso estou, mas a alma está faltando um pedaço.
   Não dar importância a isso, que parece uma coisa simples, mas que na verdade vai um pouco além da compreensão humana, seria ignorância! por isso abro meu coração. E enquanto eu não conseguir me reabilitar, chegar a um acordo comigo mesma e com esses desejos mutáveis que me regeneram, estarei assim, de mãos atadas e invadida por breves desilusões.
   Eu to cansada, mas o meu cansaço é interno e literal. Todos que me acercam não vêem em mim a necessidade do acolhimento, e quando vêem não é de uma forma proposital, diria que, mero acaso; e dali esperam tirar alguma coisa. Estou fragilizada, eu quero atenção! Mas, quem não quer poder conversar abertamente, falar sobre seus sonhos e desilusões, sem que isso pareça anormal? Compreensão?! to exigindo demais ou não consigo valorizar quem tenta me compreender?
   Eu não sei se posso chamar isso de tristeza, porque parte de mim consegue se divertir em meio a besteiras insanas, natural!
   Mas, essa necessidade de estar em contato, estar ali sempre "on", é o que me aflige e me atormenta. Já mudou. Tento me adaptar a isso e não me esquecer de tudo aquilo que eu já aprendi, seja da melhor maneira ou passando pelas dificuldades.
   Melhor ser reconhecida pelo meu interior do que meu exterior, tenho plena convicção nisso. Já não me importo com os julgamentos, sou forte o suficiente para passar por cima de qualquer crítica negativa.
   É, ninguém pode ser compreensível e sensível ao mesmo tempo?! Não, não agora. E esse é o erro; esperar das pessoas o que fazemos por elas, mas, pela milésima vez já vi que não é bem assim.
   Agora me sinto perdida, como se eu estivesse em uma selva. E os predadores, famintos, irados e desconfiados  não param de me analisar. Interesses, interesses! Eu quero compaixão!
   O frio agora é quem me afeta; e eu odeio tudo e todos! Raiva? Pena é o que sentem de mim. Pois todos vocês, saibam que eu eu estou sim me sentindo muito vulnerável, mas consigo me levantar, sem vocês.
   Breves enganos, decepção e hipocrisia, esse é o clima que fica no ar.
                                                                                      /escrito em 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário